quinta-feira, 19 de junho de 2008

Corpos



Poder te beijar, sentir teu corpo, deslizar minha mão em você, respirar em teu ouvido e te vê fechar os olhos, pode até me fazer feliz.

Sentir minha boca tremer, vibrando com o meu prazer é o mesmo que ouvir a sincronia das nossas respirações.

O calor e o suor serão só o começo das sensações e do festival de essências que sairão dos nossos corpos.

Nossos movimentos e dizeres farão parte intrínseca das nossas imaginações.

E possuir cada canto do corpo um do outro será só um detalhe.

O melhor de tudo será ao final poder descansar sob você e calar.

Autoria: Isis* 14-06-2008

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observação: nesse momento da minha vida eu estava muito safadxxinha! kkkk

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Mordida (cerração)


Essencialmente todas as coisas se ligam; atração, desejo, vontade e querer se misturam no circulo mágico da imaginação e do sentimento melancólico que sempre nos sufoca. A ânsia do beijo, do calor do corpo e do suor nas costas, contrastando com o frio gelado do vento das ondas das praias desertas da escuridão.

Sangue ancestral e tempero de paixão dançam juntos, como as saias rodadas de voluptuosas ciganas.

Brilhos noturnos, ciclos lunares e a obediente fertilidade nos embriagam e por segundos queremos estar em meio às águas paradas e perigosas de um lago profundo.

Entre todos os sentimentos, o ciúme é a chave da explosão dos nossos sentidos; posse, poder e paixão rodam juntos como num carrossel, como num turbilhão de entrega e sedução.

Longos cabelos voam com a inocência e as ilusões. A verdade não máscara nada e dói; dor latente e agoniante.

Mas nada que um bom torpor de vinho quente, beijo, boca, pele e seda não calem.

Cale!

Autoria: Isis* 31-03-2008

domingo, 15 de junho de 2008

Deusa


Ela vem através dos caminhos dos poderes ocultos, desfilando enigmas e olhares petrificantes.

Seus dedos indicam símbolos, que só os escolhidos conseguem decifrar.

O grande encontro com suas filhas, vem em forma de beijo quente.

O intocável é o seu refugio; e sua presença estremece a terra e faz a natureza se curvar diante daquela em que não se pode saber a sua essência.

Nosso choro e nossos risos são os nossos presentes frente aquela que não precisa ouvir nossas palavras.

A sabedoria rasteja ao seu redor.

A beleza é a sua esplendorosa arma.

A vida é ela própria.

Sua alma é múltipla.

Um simples desejo seu pode transformar a noite em dia e fazer todos os planetas dançarem no universo no ritmo do transe, do inconsciente.

A mãe que nos gerou com a vontade do coração.

É aquela que por si só já é grandiosa.

Aquela que domina o que pretender tomar posse.

Que faz com que nos curvemos sem exitarmos, sentindo muita felicidade por isso.

Perfeita Mãe, magnífica Deusa; te honramos e adoramos os teus feitos, que de encontro com o teu abraço, tudo se torna novo e puro.

Abrimos nosso ser para que habites e nos transforme em sacerdotisas e sacerdotes da paz e do amor.

Que tu possas estar nos acalentando quando não tivermos mais forças e que possamos ser uma parte do tudo o que tu és.

Caminha ao nosso lado ou guia-nos para ti.

Queremos te encontrar.

Autoria: Isis* 10-06-2008

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Fadas


As fadas e o ar, a delicadeza, o vento e a púrpura, o brilho e o esplendor.

Seu beijo mágico de pétalas de rosa, seu toque suave que faz transformar o tempo e nos faz dormir cem anos em um segundo.

Asas da paixão, do fogo, cor da água, transparente como um arco-íris.

Altar dos mistérios da natureza, que nos traz o cheiro do néctar e o doce da vida num simples bailar de êxtase.

Os olhos da verdade, claros como um dos raios do sol num dia morno, abafado e vaporoso.

Amantes dos elementais.

Companheiras das mais belas borboletas.

Fecundadoras da beleza e da raridade.

Poéticas, melancólicas, lânguidas, alegres e felizes.

Cantoras dos mais divinos sons.

Rápidas como o pensamento.

Dormentes como o amor e eufóricas como a paixão.

Doadoras de sensações inexplicáveis.

Seu pequeno sopro é o nosso calafrio.

Articuladoras do destino dos seres que se abrem para o cosmos, que fazem de seus corpos templo do infinito.

Confundidas nas noites com vaga-lumes e estrelas e de dia com beijos de sede.

Nunca capturáveis, escondem-se para formular em segredo momentos de alucinações.

Suas lágrimas são as gotas da chuva fina.

Construtoras da diversidade das flores.

Moradoras de desconhecido.

Puras como o bem em sua essência.

Profundas como só elas; bem mais que a escuridão do mar.

Curadoras dos nossos corações.

Perfeitas, imutáveis, imortais.

Pensadoras silenciosas.

Articuladoras insônias.

Viajantes das horas mágicas e dos lugares perfeitos.

Habitantes do verde, do invisível.


Autoria:Isis* 09-06-2008