segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Distância

Será realmente à distância o problema?
Com certeza... Distância física, de desejos, de verdades, de vontades!
Desprezar, querer, ou não querer, querer sozinha.
Vazio e potência ao mesmo tempo.
Generismo se conflitando na cabeça. Realidade ou não?
Inveja...
Inveja dos beijos, dos abraços, dos amores, dos momentos (dos momentos de verdade)... Se é que há verdade!
Se sentir nada, sentir tudo, sentir não sentem nada.
Tocar, morder, gemer, querer sempre mais. E também não querer.
Ter medo do claro, ter medo do claro, ter medo do claro!
Achar que não sentiu e chorar por ser tudo tão rápido.
Se divertir e ficar triste com isso, abraçar e sentir um vazio, beijar e não sentir verdade, desejar e só sentir desejo... Nada mais.
Ter medo de dizer e medo de ouvir, medo de fazer e medo de não fazer.
Cheirar e guardar detalhes na memória, alguns que quero esquecer.
Te tocarem e não quererem estar juntos, estar perto.
Ter certeza e ter esperança em algo que não existirá.
Dizer: “fica comigo” e saber que você não tem ninguém.
Romantismo barato, romantismo de novela, romantismo das músicas, romantismo hetero (falso romantismo), romantismo lésbico (algo não concretizado), romantismo...
Querer MUITO e não querer também, se culpar por querer, querer que queira também.
Vergonha do que fez, nenhuma vergonha do que fez por saber que a vergonha é uma vergonha plantada, uma vergonha introjequitada, uma vergonha imposta, uma vergonha do querer mais, mais do que o mais.
Distância do falar, distância do dizer, distância de quilômetro, distância invisível, distância da distância.
Amar o olhar, acreditar no olhar, olhar e olhar e depois não saber o real motivo do olhar.
Eu não preciso, sei que não preciso, mas sei que quero algo de alguma forma e não sei se vou ter, não sei se realmente quero ter.

Isis dos Santos 15/02/2010

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